Quando tinha uns 13 anos, influenciado positivamente pelos gostos pessoais de minha madrinha, comecei uma coleção de macacos de pelúcia. O primeiro era bem pequeno e ganhei de uma amiga muito especial. Depois dele vieram mais 18, de diferentes cores, tamanhos, origens, mas sempre presenteados.
Nessa época minha vida era ser o melhor atleta, o melhor aluno e o melhor amigo. Era pra isso que eu vivia. No quarto medalhas, troféus e macacos.
Até que as medalhas e troféus deixaram, brusca e repentinamente, de fazer sentido. Dexiaram de representar algo que me orgulhava. Eu havia mudado muito.
Perto dos 20 a paisagem composta por eles foi substituida pelo quarto amarelo e azul no qual vivo hoje. Todas as paredes e todos os móveias amplamente coloridos e pintados por mim.
Os macacos permaneceram na paisagem colorida e também continuam divindo comigo o espaço.
A cada dia aumenta a certeza de que os Ricardos que vivem em mim precisam de uma nova ruptura. De uma outra ordem, pois agora não basta mudar a paisagem.
É o amor. Me move, me enche de vida e me cobra atitudes.
Amor de amor daqueles de amor bem amado mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário