terça-feira, 24 de junho de 2008

dicotomicamente, amo.

Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos

E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano

É, eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela eu não quero
Ser teu amigo

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo, tanto

Eu já nem sei se eu tô misturando
Eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu
Qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira
A noite inteira

Eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo, tanto...

domingo, 22 de junho de 2008

Sobre meu quarto, meus macacos e um Ricardo que sei que precisa de mais espaço.

Quando tinha uns 13 anos, influenciado positivamente pelos gostos pessoais de minha madrinha, comecei uma coleção de macacos de pelúcia. O primeiro era bem pequeno e ganhei de uma amiga muito especial. Depois dele vieram mais 18, de diferentes cores, tamanhos, origens, mas sempre presenteados.

Nessa época minha vida era ser o melhor atleta, o melhor aluno e o melhor amigo. Era pra isso que eu vivia. No quarto medalhas, troféus e macacos.

Até que as medalhas e troféus deixaram, brusca e repentinamente, de fazer sentido. Dexiaram de representar algo que me orgulhava. Eu havia mudado muito.

Perto dos 20 a paisagem composta por eles foi substituida pelo quarto amarelo e azul no qual vivo hoje. Todas as paredes e todos os móveias amplamente coloridos e pintados por mim.

Os macacos permaneceram na paisagem colorida e também continuam divindo comigo o espaço.

A cada dia aumenta a certeza de que os Ricardos que vivem em mim precisam de uma nova ruptura. De uma outra ordem, pois agora não basta mudar a paisagem.

É o amor. Me move, me enche de vida e me cobra atitudes.
Amor de amor daqueles de amor bem amado mesmo.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

PESSOA.

"Há dois dias que chove e que cai do céu conzento e frio uma certa chuva, da cor que tem, que aflige a alma. Há dois dias... Estou triste de sentir, e reflicto-o à janela ao som da água que pinga de da chuva que cai. Tenho o coração opresso e as recordações transformadas em angústias.

Sem sono, nem razão para o ter, há em mim uma grande vontade de dormir."

Fernando Pessoa, Livro do desassossego.

E como tenho estado desassossegado ultimamente...